quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Não te Esqueças de Mim

Ei menina, presta atenção
Aproveita esse amor
Já que tu és jovem
Vem menina, o amor não é pra covardes
Tem aqui menina, tudo que queres
Ei menina vem, se não vira senhora
Sei menina, o tempo não espera, vai embora.
Vem senhora, não é tarde
Pois aqui ainda tem tudo que queres.
Já não jovem, mas bela
Vem senhora, é hora da capela.
Ei madame, agora me perdoe, mas me perdeste.
Coração já não tenho
Mas lutei com muito empenho.
Madame bela, madame velha.
Não venha madame, é tarde
Desisto desse amor eterno
Se tu me queres agora
Vai pro inferno
Pois lá madame, pelo menos
Tem quem te come.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Um Evento Caloroso

Já passava das 23h20min, o silêncio da ruralidade era pleno e tranquilo. O céu límpido almejava a inovações terrestres. Estava eu a perambular pela casa, quando ruídos e faróis atravessaram a escuridão da noite, corri meio aos tropeços para acompanhar tal fenômeno tão estupendo e um tanto raro. Quando cheguei o fogo acabara de nascer, pequenos amontoados flamejavam uma chama ou outra, mas em pouco tempo aquilo tomara corpo e crescera, labaredas de quatro, cinco e seis metros deixavam o jardim de casa como se fosse pouco mais de 6 horas da tarde . Lá no fundo, ilustrada como num quadro, a Lua iluminava para que o fogo não se perdesse dentre tantos caminhos ali trilháveis. A poucos passos deparava-me com uma beleza diferenciada, pouco vista, mas com tamanha exuberância, com tamanha magnitude que até deixei me cair em delírio em quanto admirava o fogo na cana de casa. As chamas adentravam abruptamente naquela massa sólida e vegetal, como uma faca que adentra na carne ou como uma rajada de vento que corta o oceano, com certeza, o evento mais bonito do ano. O calor era intenso, por alguns segundos tive a sensação de estar numa espécie de gril, onde minha única função era dourar feito um porco no rolete. As chamas projetavam as grandiosas sombras das árvores, meio aos fortes ventos, se debatiam disputando um lugar naquele espetáculo mágico. Já o som emitido pelo aquele show, um tanto peculiar, era como se os rojões dos últimos 50 anos novos tivessem explodindo ali, em poucos segundos. Sim, caro leitor, entretanto já era tarde, me despedi daquela exuberante obra e busquei o aconchego de minha cama. Aquele fogo aquecera minhas idéias, que naquela hora saltitavam em minha cabeça como numa dança tribal entre pulgas e percevejos. No dia seguinte, aquela área outrora desabitada, agora continha as máquinas que cortavam, carregavam e levavam embora pra sempre: a essência de um espetáculo, a riqueza de um povo e o açúcar da vida.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Carência

Caros leitores, hoje me encontro presente a vocês para relatar algo que está pinicando aqui na minha cabeça já há algum tempo. E também mandar uma mensagem para duas pessoas. Uma delas nem sei se posso chamar de amiga. A outra só posso dizer que conheci há pouco tempo, mas alguns momentos que estivemos juntos foram realmente muito bons. Depois de viver algumas situações e refletir bastante posso afirmar: Nós seres humanos somos carentes!!!. Sim, já sei que tinha falado isso outrora, mas agora relato isso com mais fundamento e veemência. Neste momento gostaria de passar algumas conclusões que tirei, entre elas ai vai uma: A carência é um sentimento ruim e tentamos saciá-la, nessa tentativa nem sempre com sucesso, encontramos alguém em nosso caminho. Esse alguém muitas vezes corresponde nossas expectativas e criamos assim uma relação harmoniosa e prazerosa. Mas a maioria das vezes encontramos o que chamo de ‘vira-lata’, é o que procura a melhor ‘lata’ de todas da uma comida e cai fora, pessoas de sangue frio, desprezíveis ao meu ver. Bom, mas o problema não é só esse, querendo ou não acabamos trocando, mesmo que seja os mínimos possíveis, sentimentos com esse vira-lata, e como somos carentes ficamos de certo modo presos a essa pessoa, que só quer saber de te aproveitar. Daí começa o desprezo e ficamos mais carentes ainda. A carência nessa sua angústia quebra nossos valores morais, despreza nossa beleza. A carência faz com que ajamos por impulso, o que na maioria das vezes nos arrependemos depois. E ao invés de representarmos o que somos realmente, deixa nos sem valor algum, parecendo até que ninguém nos da importância. Um dia, experimente não dar mais bola a essa pessoa, ela também é carente e talvez sinta sua falta, mas não volte atrás, ai sim você será um vencedor. Agora para finalizar gostaria de apresentar uns mandamentos que criei para os meus caros e fiéis leitores. Estes são os mandamentos do carente.
1- Sair das mesmices.
2- Se valorizar muito, acima de tudo.
3- Acreditar no amor verdadeiro.
4- Procurem novas atividades que acabam nos entretendo, e fazendo com que nos esqueçamos dos problemas.
5- Não deixais se levar pela carência.
6- Não deixais se levar por qualquer Babaca.
7- Não deixais se levar por ‘vira-latas’.
8- Escolha um amigo(a) que goste verdadeiramente e peça sem restrições ou timidez, mas peça com vontade e esperança. Abra os braços e diga: Amigo...... Me de um abraço.
Um abraço durador e amigo não cura mas ajuda muito.
Esses procedimentos são contra indicados em caso de: se seu problema for falta de outra coisa, daí eu posso te ajudar, tem uma vaga na zona aqui da região, ligue e fale com a cafetina, o número é 3321-5............. .



Fim às 00h14min do meu relógio do dia 26/08/10.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Amor de Baunilha

Falas de amor, eu ouço tudo e me calo,
O amor no mundo é uma mentira
E é por isso que na minha lira
De amor poucas vezes falo.

Mas como um fantasma que se refugia
Na solidão da natureza morta,
Por trás dos ermos pensamentos, um dia,
O amor bateu na minha porta.

Parece muito doce aquela cana.
Descasco-a, provo-a, que ilusão!
O amor é como a cana azeda,
A toda boca que não prova, engana.

Quis saber que era o amor, por experiência,
E hoje que conheço o seu conteúdo,
Ainda eu, que idolatro o estudo,
Pudera ter todas as ciências, menos esta ciência.

Ah! Se me ouvisses falando.
E eu sei que ás dores resistes
Dir-te-ia coisas tão tristes
Que acabarias chorando.

Que mal o amor me tem feito.
Duvidas?! Pois, se tem duvidas,
Vem cá, olha estas feridas
Que o amor abriu no meu peito.

Meu amor, em sonhos, erra,
Muito longe, altivo e ufano
Do gemido da terra
E do barulho do oceano.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

A Musa da Meia Noite

Há tempos não vou a uma festa como aquela.
Quando cheguei, deparei-me com flashes e luzes.
Ao centro, doces e quitutes.
Nos cantos, abraços e amassos.
Jogado numa cadeira encontro a solidão.
Sozinho entre muitos, divago,
Sobre o tudo e o nada, vida e morte.
De repente, vejo um aglomerado de princesas do norte
Mas dentre todas, ela se destacava, a deusa das deusas,
Afrodite dos meus sonhos, o descobrimento do amor.
Fui acometido por uma forte paixão,
Que chegou feito rasteira e dominou meu coração.
Dentro do peito o coração contente,
Impulsos comandam minha mente,
A ponto de querer devorar seus lábios,
Explorar cada centímetro de seu corpo,
Conhecer seu lado mais sombrio,
Contar cada cacho de seu cabelo,
Sentir os traços desse rosto angelical,
Entregar-me totalmente.
Mas hesito, quase desisto, quase covarde,
Quando me encorajo, minha dama se foi, é tarde.
Mas Deus, como bom amigo,
Não havia de fazer isso comigo.
E eu como bom fiel, prometo,
Que de minha musa, arrancarei beijos e mordidas,
Nessa ou nas próximas vidas.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Delírio 42

Sou aquele enganado,
Muitas vezes desconfiado,
Com o coração despedaçado.
Sou aquele preocupado
Também chateado,
Posso até ser despreparado
Mas não sou Viado.
Estou emburrado
Com esse complexo sistema
Que se tem por vida
Não sou mimado, mas bem tratado.
Largado nessa minúscula imensidão
Pergunto a Flavio José Dias Pimpão
Cadê as pessoas que viviam nos guetos?
A se drogar, fumar, beber e dar.
Já não se tem mais pessoas,
Mas criaturas Transformadas, revoltadas,
Como eu, como você , como tudo
É, sou guloso mesmo.
Nessa latrina humana,
Fui abandonado,
Alguém concerte esse sistema,
Ta tudo errado!
Cadê a valorização das people
Senhor, presidente, ministro, J.C, sei lá
Nem posso ver no que vai dar.
Olhos as ruas o observo com veemência
Tudo sem decência
Caras Banais, com total Demência
Junto com bonecas lindas. Será carência?
Observo agora dentro do meu ser,
E depois de uma boa análise, grito.
-Ei maquinista, pare o mundo que eu quero descer!
Pobre companheiro que está a ler essa merda,
Que não acaba.
Acalme-se e vá buscar um copo d”água
Acabou se o propósito da vida
Como posso ter vontade, segurança
De ter um filho, pra ele cair nessa jornada desgraçada
Mas de tudo uma coisa me consola
Não existe julgamento final
O que se faz aqui, se paga aqui.
TEMO o Espírito Santo
A santa Igreja Católica
A comunhão dos santos
A remissão dos pecados,
A ressurreição da carne,
A vida eterna.
Amém.

quinta-feira, 18 de março de 2010

O Sentido da Irmandade

Para minha grande Amiga, Companheira e Irmã,
que completou hoje as suas 19 primaveras.
Para quem tem no coração compreendido
A grandeza da irmandade,
O aniversário duma irmã querida,
A união da fraternidade.
O Amor atinge um grau nunca atingido
A alma de alegres emoções invade.

Irmã querida, se eu estivesse ai presente,
Correria para seus braços
E em eternos abraços
Mostrar-te-ia o afeto que meu peito sente.

Só assim festejarei nesse ano,
Com honra e com rima
Mostrar a jóia que te exprima
E o amor eterno do seu Mano.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Reflexos Mortais

Oh! Elemento de fatal uso,
Que já banhou servos à czares,
Limpou mesquitas e altares,
Foi servido em mansões e pobres lares.

Matou a sede de leões e camelos,
Agora vem banhar os pelos
Antes dos vermes roê-los
De um pobre servo de Provença.

O qual contraiu uma doença
E implorou pela morte induzida,
A faca penetrou em seu tórax
Reduzindo a nada sua vida.

Repousa alegre sob nós
Sem deixar, se quer Lembrança
Mesmo de quando ainda era criança.

Vai embora para sempre, coitado
Como o leite tirado da vaca,
Ou o Sangue que escorre da faca.

terça-feira, 2 de março de 2010

Viagens Sexuais

Certo dia, Deus a procura de novos prazeres, e já cansado de comer algodão doce, resolveu acabar com o marasmo do céu e criar algo para o entretenimento geral. Mas criou um ser tão perfeito, tão sublime, que até o próprio Deus acabou se entregando aos braços dessa melena. Fortemente seduzido, não via que a situação era péssima e que nova raça estava tomando o controle do Sub-mundo, após algum tempo ficou conhecida por todos como Corruptela, que em um português bem claro significa Mulher, porem muita coisa ainda estaria para acontecer. Hernes, um primo expulso da família dos deuses por ter idéias diferentes e ser homossexual, logicamente não teve afeto pelas Mulheres, e reparando o complô que essas haviam feito, organizou um exercito gay e as - expulsou depois de sofridos 24 anos, graças ao planejamento de ataque de uma força de combate muito bem preparada, obtiveram sucesso, e esse dia denominou - se como Dia G. Os que restaram desse grupo formaram Os Guardiões que restabeleceram a ordem e devolveram o poder a Deus, mas com a condição de Hernes ser readmitido a família dos deuses. São Pedro, hoje guardião das chaves do seu céu, ainda faz parte desse grupo. Desde os primórdios históricos da humanidade, sempre houveram casos e mais casos de sexo e até escândalos envolvendo por exemplo a família real inglesa. Mas seu narrador quer começar mais do principio, com Adão e Eva, cada um já palpitou sobre como foi a história desse primeiro casal. No entanto estou aqui para-lhes revelar como foi de fato. A verdade é que Adão comeu Eva e a maça de sobremesa. A cobra que fez a cabeça dessa nobre moça, não foi o animal propriamente dito, mas sim um sentido figurado disso. Acho que não preciso entrar em detalhes. Vamos dizer que foi o instrumento de Adão. Após tempos de reflexão seu autor concluiu que instintos sexuais são fortemente presentes no ser humano e são da natureza, mas não devemos pensar apenas na necessidade de reprodução, mas também como uma forma diminuir a carência do ser. A nossa espécie como qualquer outra é carente, e hoje posso lhes afirmar pela minha “vasta” experiência que quem procura saciar esse instinto é mais feliz. O grande problema é que como caminha a nossa sociedade e a forma como ocorrem as grandes “caçadas”, um plano bom para não sair desacompanhado é investir no maior numero possíveis de caça, pois sempre uma cai na rede, o ruim é que ninguém gosta de ouvir um belo e quadrado NÃO, si é que você me entende . Na cama somos todos iguais, na hora do sono ou da transa. Um dia um velho sábio, meu avô, ditou-me algumas palavras de sabedoria, mas que me fizeram pensar por um bom tempo, sendo assim posso afirmar com clareza que os dois sexos, homens e mulheres, tem a mesma vontade sexual, ou seja de uma forma mais clara, ambos tem a mesma quantidade de vontade de se envolver em uma caso “caliente”, mas o homem tomando a postura de sexo superior, aspira coragem e age. Então, veja bem, Não é porque o sexo masculino que realiza a ação que tem maior vontade. As vontades são iguais. O que ainda me consola é a existência de seres como o saci, muito bons para se ter um caso, pois se ele ti der um pé na bunda quem cai é ele. Posso dizer, por experiência que ainda encontro musas com perfeita decência e gigantesca beleza, mas não vou adentrar nisso, pois tenho outros planos para esse caso.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Manjar dos Deuses

A poucos dias atrás,
Provei de uma substância
Um tanto peculiar.
Não era feito de uva nem de cevada,
Só sei que ao degusta-la
Senti uma intensa transmissão de energia,
Sabores e intenções percorreram -me o corpo
Dos pés a cabeça, arrepios e sensações.
Ocorreu-me que ao tomar desse liquido divino
Junto com ele absorvi microorganismos e bactérias
Que agora atuam em minha pessoa,
Sei também que tal produto,
Não pode ser usufruído com canudo ou colher,
Esse fluido não é nada mais,
Que o beijo de uma mulher.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Inevolução

Foi de noite numa balada
Que vi tanta gente animada
Pulando feito Animais,
Recordei o passado
Pensei nas danças classicas, como o xaxado
E aonde é que elas foram parar.
Era tão boa a época
Em que se conduzia a parceira,
Levemente se dançava a noite inteira.
Sem entender mais nada
Cai em uma reflexão,
Fui consultar um mestre
Ver o que dizia meu coração.
Por fim, me conscientizei da vida,
Vi que aquilo não era nada mais do que o Futuro,
Mas ao refletir bem,
Fiquei meio encucado
Aquele povo estava, na verdade, no passado!
Isso me fez lembrar os Macacos
E que essa história de futuro eram apenas Boatos.