quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Impossível Destino

Porque escrever um poema se existe um estado de espírito?
Escrevo pois não estou triste o suficiente, ou feliz o bastante.
Nada melhor que a perfeita imperfeição métrica
Como seria se só houvessem sorrisos? Nada seria
Em um lugar já explorado, é como desafiar complexos
Querer quebrar barreiras, expandir os horizontes
E ao mesmo tempo, sentir-se na impossibilidade de faze-lo
Marcas de um passado não quisto no presente, ou não?
Dúvidas, as mais perversa desventuras do ser.
Abandonar tudo e partir? Quem sabe o que será?
Felizes são os que não desistem, que perpetuam
Mas porque persistir na infelicidade, será temporária?
Que nada me assuste, que o destino me surpreenda.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

A Teoria da Carência

Como dizia o menino Querô do quanto amava seus ídolos, ídolos tão próximos dele. Mas Querô crescera e descobrira a verdade, a verdade de que as pessoas agem por carência, e que por essa carência fariam muita coisa, ou melhor quase tudo. As pessoas mentiriam, ganhariam dinheiro, roubariam, inventariam longas histórias, gastariam seu dinheiro, colocariam um contra o outro para que ficassem bem na história, bajulariam muito. Qualquer coisa que está a altura de um ser humano, lógico que dependeria de cada um. Por que existe as redes sociais? Os Blogs? Os bate papos? e muita outras formas de interação social?. Para que es pessoas possam estar mais perto de outras pessoas, para que as pessoas sintam um mínimo se quer de sentimento, de amor. Por que as pessoas gostam de ser elogiadas?. Tudo, completamente tudo está relacionado a carência, as vezes não se repara ali ou aqui, mas pode ter certeza de que lá na frente o sentido subjetivo de tudo é tentar se sentir menos carente, é tentar abaixar o fogo no instinto humano de necessidade de amor. Bem perto de Querô estava uma das maiores verdades do mundo, pois se tudo gira em torno de: Dinheiro, sexo, poder e amor, fica claro que qualquer um desses quatro artifícios são para se alcançar o amor, nem sempre o amor de paixão, mas o simples sentimento de se sentir querido pelos outros. Fica claro que sem dinheiro, hoje, ninguém faz nada, ninguém quer nada como você. Não se tem crédito, nem prestígio, e querer ser prestigiado está completamente ligado a ser bem quisto por todos. Mas não podemos nunca nos esquecer de as vezes devemos nos desprender do material e saciar nossa carência. Dar amor, receber amor. Certo pra mim é que todos nós somos carentes. A carência é como um instinto, ou melhor a carência é um instinto. Penso que talvez uma das causas da marginalização seria que o marginal no início de sua vida criminosa, era mais um que não teve mãe nem pai, no sentido representativo da palavra, pra ser pai não precisa dar ao filho bens materiais, mas é de fundamental importância dar a ele amor. Sabendo que é do ser querer se sentir amado, sentir que alguém tem afeto por ele, e sabendo que não existe mais ninguém que possa lhe dar afeto, as únicas pessoas que encontra é o pessoal do crime e ali realiza atos ilícitos muitas vezes para ganhar a aprovação dos marginais, para se sentir querido por eles. Todos querem poder, claro, mas não só porque existe as regalias que esse atributo pode trazer, mas também porque com poder, como o dinheiro, as pessoas querem estar perto de você e dessa forma seu instinto de carência tenta ser saciado. Talvez o menino Querô saiba o porque de muita gente querer namorar, pois de alguma forma ou de outra, o fato é certo, as pessoas querem se sentir amadas e por mais que um dia ou outro ocorra um relacionamento casual, não é o bastante para conter essa falta de carência do ser. Então todos querem alguém que se preocupe com você, que ligue pra saber como está, é o simples e gostoso sentimento de se sentir querido, amado. No entanto é difícil para os pais entenderem como aquela pessoa lá que nunca fez nada pro filho dele, mas que em alguma hora seus corações bateram no mesmo compasso . É difícil para o pai, para a mãe ver que o filho ama uma coisa que pros olhos do pai ou pra mãe não há valor nenhum. Porem está ali implícito, o filho se encontra em estado de felicidade. Mas os princípios paternos e maternos combatem tudo, pois é simplesmente incompreensível o porque do filho abrir mão das coisas por seu amor, o porque do amor incondicional. O porque está aqui, e é claro, subjetivo e magnífico. O porque é a carência...

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Delírio 44

Há um tempo atrás encontrei um cactos no meu jardim
Não era mais verde, nem mais claro, nem mais forte
Mas logo notei que sua vontade de viver era imensa
Pois achei-o entre antigas telhas deixadas de lado por ai
Suas raízes não eram fortes, seus espinhos não eram agudos
Apenas crescera ali no meio do nada e do tudo
De alguma forma montei um vaso, sem muitas coisas
Uma simples base sólida, muito firme, de pedra
Depois, uma terrinha normal dali mesmo
Uma terrinha onde todas as outras se apoiavam
Enfim cresceu, com suas tortuosidades e problemas
E eu apreendera uma das coisas belas da vida
Que a verdadeira felicidade não é não ter problemas
Mas a habilidade de vence-los.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Pus os Pingos nos Is

Primeiramente quero dizer que agora nesse momento já não importa se vou poupar nomes ou não nessa postagem, a função que eu queria que essa postagem tivesse ela definitivamente já cumpriu. Todos sabem que na vida passamos por períodos difíceis, sim isso está claro pra mim. No entanto, a pior coisa que pode acontecer é alguém desencadear que esse período ocorra antes do tempo ou da hora prevista para acontecer. Quebra com a ordem de tudo, além de ser uma tremenda injustiça de quem provoca isso com quem é prejudicado. Não vou entrar no mérito de quem provocou essa maré de águas baixas. Creio que erros todo mundo tem, e tentamos repará-los, mas o processo de reparo fica muito mais difícil quando sofremos o que está acontecendo. Mas agora, falando de alguém, esse alguém que todo mundo já sabe quem é, o qual se diz grande leitor desse blog e que diz que há postagens em horário abusivos, nesse mesmo blog, abusivos como por exemplo, depois da meia noite. Checando tudo descobri que não passa de mais uma de suas invenções para justificar suas teorias absolutistas. Bom voltando, gostaria de dizer que o que tem ocorrido comigo é exatamente a mesma coisa que esse alguém também diz sofrer, mesmo assim , o próprio não repara que os fatos, que ele diz sofrer, são iguais aos meus. Ao invés de pegar a situação e tomar medidas em relação ao seu caso, não se move pra nada, é partidário do extremo comodismo, achando que sabe de tudo e que tem a fonte extrema de sabedoria. Pensa ainda que somos burros, acha que com suas falsas histórias, sempre visando comprovar suas erradas críticas, pode convencer a todos e encobrir seus avantajados erros na vida . Simplesmente omite o que não interessa, mas prega que todos sejam comunicativos, contando tudo, seja o assunto que for, então, o próprio quebra com regras e princípios por ele mesmo colocados. Consequentemente a isso, o que não vê é que esses atos arruínam sua imagem, e não pensem que isso é uma opinião só minha, mas também de muitos outros. Nos parâmetros que segue isso se torna insustentável. Então não tomem o mesmo caminho. Peço a Deus que tudo se acerte, que tudo volte ao que era e que o justo seja seguido. Pois nenhum homem suporta a injustiça. Esperança é a palavra que lanço agora...

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Pra Sempre com Ninguém

Resta aqui lembranças de um alguém com ninguém. Lembranças de um passado carnal e errado. Passado este o qual não pertencente a mim, mas a ninguém. Cheio de vácuo de amor, vazio da mente. Aí se apresenta o estado de dúvida. Com ninguém tudo é tão certo, correto, lindo, agitado. Mas com ninguém literal, a monotonia é presente e a paz de espirito é calma. De que vale o amor maior do mundo estagnado. Ninguém é criança, ser sublime de amor preocupado. Não peço que ninguém me perdoe. Das tantas vezes que não tenho pecado. Sei que não há mal que o tempo não leve. Mas sei também que no coração feridas não curam, aderem. Que as más palavras voem, sumam. Que lágrimas caiam, se for de felicidade. Que o amor de ninguém sempre me domine.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

As Quatro Estações

Com muito amor pra o meu anjo,
minha inspiração, minha cura, minha paixão...

Meu amor é soberbo, é real
Dos meus tantos pensamentos vejo
Não existe nada igual
Pensamentos tintos, brancos, complexos.

Meu coração, como em uma batalha cruzada
Briga com minha razão
Mas imploro que isso não dê em nada.

De tantas as minhas erradas, peço
Não chore, suas lágrimas são lindas
Por isso mesmo devem ser guardadas.

Sonhos? Quem são esses?
São mitos, são muitos
Os quais ao seu lado quero passar.

Nosso amor é grande nos nossos corações
Nosso amor são as quatro estações
Mas nunca se esqueça, mesmo nos tempos frios
Nos meus braços, vou sempre te esquentar
E mais do que nunca te amar.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Delírio 43

Como quem parte para a chave da desconfiança
Seja eu, seja você, sabemos não somos mais crianças.
Na cabeça saudade é o pensamento instaurado
Das tantas vezes é o que incomoda para quem já foi amado.
Mas o amor, doença febril, carnal, eloqüente
Tem por cura você comigo, sua pele quente.
Desperta num lapso extinto afogado
As mágoas passadas afundadas entro os tempos
E vem me cutucar os pensamentos.
Já sabem os sábios dos tempos idos
O amor, explicação dos desinibidos
Também reina nos corações partidos.
Francamente, da tenuidade do bem e do mal
Que sejamos muito mais que um amor banal
Mas vamos andando, não corramos afinal.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Deixe Estar

Num turbilhão da pensamentos
Penso, entre todos os desalentos
Que ferida incurável essa é

Na teológica suprema incoercível
Dos que amam e querem muito
Busco uma explicação cabível

Deixa que passe o tempo bobo
Que pedras não caiam, minem
Que a chuva leve, desabe
Que a semente germine.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Pensa Que Te Faz Bem

Caros leitores mais uma vez venho aqui lhes escrever algo, sim algo muitas vezes sem importância, talvez até banal em vossas vidas, mas sempre que venho tempo levantar uma questão, nem sempre tenho éxito é claro. Bom mas deixemos de enrolação e vamos aos fatos. Anos atrás o dito grande sábio da época, nada mais nada menos que Albert Einstein proferiu as seguintes palavras: " Eu não sei como será a terceira guerra mundial, mas a quarta será a paus e pedras ". Primeiramente devo dizer que não concordo com essa frase, não que eu me considere tão inteligênte, mas como falam por ai, "não são respostas que movem o mundo, mas sim as perguntas". Sim são os questionamentos que movem o mundo. Dessa forma é de muito bom tom questionar as coisas do mundo, principalmente uma frase tão famosa dita por um dos maiores pensadores de todos os tempos. (Fazendo um a parte), falando de bom tom, a poucos dias atrás li em um livro de medicína antigo, da época dos meus avôs, talvez até mais velho ainda, e lá em capítulo dizia: Quando o próximo se encontrar perto da morte, é de bom tom lhe oferecer uma taça de champagne, para que o próximo parta mais leve e realizado,(Voltando). Vejo que ele concluíra que a terceira guerra mundial será tão catastrófica, tão destruidora que não sobraria completamente nada e quando ocorresse a quarta guerra mundial tudo já estaria tão devastado que essa seria a paus a pedras. De início gostaria de argumentar dizendo que ao meu ver primeiramente pra acontecer a quarta guerra, e para ser considerada de ambito mundial, deve existir como características básicas: Países ou regiões, depois disso, como característica essencial deve haver uma disputa de algo, seja comércio seja de território, então para isso soberanias devem ser montadas ,estados devem ser erguidos, para que esses aspirem ascender e consequentemente acabem entrando em conflito com o outro. Mas se formas de governo, poder, organização social são montados, com certeza essa civilização já estaria distante de paus e pedras. Se é uma guerra mundial, ou é no mundo inteiro, ou pelo menos deve ser no centro econômico e cultural do mundo, mas antes de tudo isso esse centro deve ser formado, o que impossibilita novamente dizer que a guerra seria a paus e pedras. queridos leitores peço que deem sua opinião a respeito disso, essa discussões estimulam o pensamento. Pergunto a vocês: Quem tem a perder com isso?

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Mais que Paixão

Da angustia, uma vontade
Um sofrimento de saudade.
E eu inútil a mim mesmo
Como uma faca sem fio.
O que sou hoje?
Um pouco mais do que ontem.
O que sou hoje?
É estar te amando
É sentir saudade.
Perguntas o que sinto,
Pra você só paixão
Não que seja maldade
Mas não é o que diz meu coração.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Abrindo as Asas

Como o ipê que desafia o inverno, o passarinho, que acabou de sair do ovo, tem de deixar o ninho pra bater as asas, conhecer novos horizontes, passar por apuros, experimentar os dissabores da vida e quem sabe vencer no futuro. Bom, cá estou, no Formigueiro Humano, no centro da civilização "brasilesca", batendo as asas, errando os vôos, pousando. Cá estando eu, já em muitas vezes me encontro pra ninguém, desinteressado de tudo, em um momento só meu, sozinho, carente. Mas lembrando a teoria do rio, a qual um grande sábio perguntou para seu discípulo como a água do rio chegava ao oceano, como ela enfrentava gigantes montanhas, os grandes vales, os diversos obstáculos. O grande sábio respondeu com uma resposta muito simples. "Ela simplesmente desvia, contorna, fazendo assim com que consiga seguir em frente e alcançar o seu destino". E na vida as coisas também são assim. Então nesse ínterim venho desenvolvendo algumas atividades que me distraem, que me fazem contornar as coisas, não que eu esteja infeliz comigo aqui, mas muitas mudanças acarretam dificuldades superáveis. Por exemplo: sempre que vejo um homem de terno, observo se a gravata está na altura certa, é o que mais reparo, e como erram aqui, é muito raro ver um que esteja de acordo com o certo. Que o seu humilde escritor saiba, a gravata deve terminar exatamente a onde termina o cinto. O que mais vejo é gravata muito curta, as vezes termina no umbigo. Outra coisa que tem me irritado são as pombas daqui. A pressa se concentra só nas pessoas na rua, é impressionante, as pombas são uma folgadas, é isso mesmo, é assim que as defino, tem umas que quase tenho de chutá-las pra saírem da frente, qualquer dia desses ainda pego uma de jeito, elas simplesmente ficam comendo, nem voar essa gordas voam. Fora isso também vejo muito por aqui a pessoa se arrumando no elevador, aqui o uso de elevador é muito maior, e o interessante é que algumas pessoas usam o espelho pra se arrumarem, mas não é uma arrumadinha, tem mulheres que abrem a bolsa, tiram o pente, se penteiam, refazem a maquiagem, e você ali do lado só olhando a figura, e o que muitas não reparam é que sempre tem uma câmera no elevador, penso que o cidadão que monitora isso deve se divertir muito. Acreditem, já cheguei ao cúmulo de ver gente espremendo espinha.. foi o fim da picada. Entretanto, aqui também é um lugar de muita cultura, teatro, estádio de futebol, cinema, nunca se está sozinho, principalmente quando nos deparamos com uma paixão, de longe ou de perto. E são nessas horas que saio da casca, abro as asas e voo para bem... bem longe...

quarta-feira, 23 de março de 2011

Quem Dera

Quem dera fosse eu um inventor
E criasse uma máquina
Pra nunca sofrer de amor,
Quem dera fosse eu um cientista
E desse um jeito
Pra nunca te perder de vista,
Quem dera fosse eu um advogado
E abrisse um processo
Pra sempre estar do seu lado,
Quem dera fosse eu um matemático
E calcularia quanto te amo
Multiplicaria as estrelas do céu
Pelas gotas do oceano,
Mas talvez fosse simplesmente eu
Contando que possa sempre te olhar
E saber que de perto ou de longe
A melhor coisa nesse mundo
É poder te amar.

(Contribuições de uma mocinha muito especial)

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Paulistando em São Paulo

Agora, mais do que nunca, estou fora do meu habitat, dessa forma experiências novas surgiram, então, então vou relatar uma bem interessante. Era uma terça por volta das 17:30, eu tinha alguns documentos para entregar lá no terminal da Barra Funda, um pequeno favor que fiz para minha irmã. Como todo bom paulistano tomei o metrô, entrei na estação Consolação, o fluxo de pessoas era alto e rápido, todos corriam apressados, entrei no vagão, já fiquei preocupado, pois a linha verde raramente é cheia, mas estava com muita gente, sim cheia, porém ainda de certa forma havia uma boa circulação, e espaços vazios. Fui até a estação Paraíso, a onde deveria trocar de linha, pois meu destino exigia outra direção, agora já pensando que gastaria o dobro do tempo, porque não consegui nem pegar o primeiro trem que passou na nova linha, de tanta gente que tinha. A aglomeração nas portas era infernal, além disso quando as portas abriam uma massa de gente te empurrava brutalmente para dentro, e olha que eu não sou um cara pequeno!, mesmo nesse tumulto não havia como entrar, simplesmente não cabia mais ninguém. Depois de muito esforço, empurrões de todos os lados, consegui embarcar, a situação era péssima e só tendia a piorar, o pior é que cada estação que parava mais gente se socava pra dentro do vagão, como diz o meu professor de Direito Romano, "sabe aquele cheiro de humanidade", aquele cheiro de povo mesmo, daquele povo que já suou a camisa o dia inteiro, tava ótimo..., mas a coisa ainda tava boa, quando chegasse na estação da Sé, no centro de São Paulo, dai sim estaria num tremendo problema; Cheguei a Sé..., novamente tive de trocar de linha para alcançar meu objetivo, (Barra Funda), mas meu deus, uma multidão corria, chegavam no trem e se enfiavam numa brutalidade surpreendente, eu fui bem devagar porque já sabia que naquele trem não ia conseguir entrar mesmo, tinha de esperar o próximo da linha, a hora que o trem chegou já não cabia mas ninguém, já veio entupido aquilo extrapolava qual quer limite de espaço de um ser, mas como eu já estava na multidão para entrar tive duas opções, ou eu entrava, ou eu também entrava, fui obrigado a optar pela primeira, um duto de gente me empurrou para dentro, ou seja para um espaço que já não existia, mas entrei, como uma furadeira entrando numa chapa de aço, espremido. Nesse momento de aperto, formulei várias teorias, por exemplo: O suor é importante nessas horas, porque ele serve como um lubrificante na movimentação das pessoas dentro do vagão. Dentro do vagão é como num lego, as pessoas tem de achar o encaixe perfeito para que as peças todas consigam sobreviver ali. Agora sei porque São Paulo tem tanto gay, porque em algumas horas você é acometido por um leve estupro, é deve ter cara que acaba gostando né!, deve ter viado que anda de metrô as 18:00 por puro prazer, então vai um conselho se você entrar no metrô nesse horário, procure um canto e encoste, porque sentar é impossível. Voltando a história, bom finalmente cheguei a Barra Funda, entreguei os documentos, muito amassados, e pensei que voltar ia ser fácil, afinal ninguém mas quer ir pro centro naquela hora. Grande engano..., a hora em que voltei pra estação tomei um susto, deveria ter umas 50 pessoas em cada fila, ou seja, pra cada porta do trem tinha uma duna de gente, entrei na galera, estava lá no meio, quando escuto uma voz bem irritante reclamando da demora, olhei..., "ainda me pergunto porque", era uma gorda, ou melhor, se parecia mais pra um leitão enrugado, e detalhe, aquilo tinha barba, talvez até mais do que eu!. Bom mas isso são mágoas passadas, a situação era ruim, mas de algum jeito eu tinha de voltar pra casa. O tempo passava, como os trens que passavam na minha frente e eu não conseguia entrar, eu contei e somente no 6º trem consegui. O bacana é que nem precisava se segurar, porque tinha tanta gente que uma escorava a outra, quando o trem freava era como se todos fossem um bloco sólido, nem se mexiam. Para tudo havia uma disputa, pelo bando, pelo espaço, e até pelo ar, pelo oxigênio, que ali parecia escasso. Fui indo, quando trem parava nas estações as pessoas do lado de fora ficavam olhando, procurando um mínimo lugar para se enfiarem, um ou outro se arriscava ainda, o que fazia que todo mundo daquela região se movesse, tentando achar uma posição um pouco melhor. Tinha uma velha até que perto de mim que no seu braço tinha umas manchas de pele meio descamadas, acho que ela tinha Hanseníase. Acho sinceramente que todos deveriam passar por essa experiência, não digo isso querendo espalhar sofrimento, mas com certeza, se conseguirem cumprir o trajeto, sairão como heróis. Por fim cheguei a última estação, a qual desembarcaria, já pensando em sair logo, respirar um ar puro, como o ar das manhãs na fazenda, descontaminado, uma brisa doce. Doce ilusão, subi a escada rolante, aviste a rua, os carros, parei, respirei profundamente, só dai me lembrei... estava em São Paulo.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Vou embora

Vou embora, sim vou
Mas levo lembranças tuas.
Sim, foram boas confesso
Foram com você...
Com a moça do cabelo loiro
Dos olhos castanhos esverdeados.
Levo lembranças da moça simpática
Bonita, bacana.
Vou embora, sim vou
Mas já que a levo comigo
Deixo algo contigo.
Algo talvez sem razão
Algo que não entrego em mão
Um pedecinho do meu coração.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Sexo e Sua Prática

Caros amigos leitores, venho aqui mais uma vez para relatar uma idéia que bate aqui em minha cabeça, essa idéia a qual se baseia em análises feitas a partir de relatos e observações, não que seu escritor seja muito entendido no assunto, mas deixemos de enrolação e vamos aos fatos. Hoje gostaria de falar sobre sexo, mas no sentido prazeroso e não no sentido de reprodução, um assunto bem habitual atualmente, primeiramente gostaria de deixar claro que sou completamente a favor do sexo, mas o problema que vejo é que como tudo no mundo o que se torna demasiado, exagerado e abusivo acaba perdendo seu valor. Sexo é muito importante, tem seu valor espiritual, amoroso, relaxante e prazeroso, mas ele tem todo esse significado porque é algo deve ter seu tempo, seu símbolo, até poderia dizer que é assim pois beira o tabu, pois possui sua magia. Entre tanto, a forma com que as novas relações amorosas são conduzidas, não abre espaço para essa magia, e com a velocidade com que acontecem as relações de amor, fazem com que o sexo perca seu valor e acabe se desgastando. Ou seja o feito demasiado de sexo acabará fazendo com que perca seu símbolo de prazer. Poderia citar aqui, como exemplo o uso de drogas, de inicio o usuário tem por costume usar uma droga leve como maconha, mas posteriormente avança para substancias mais fortes como cocaína e depois para o crack, ou seja isso comprova minha teoria de que o uso, ou o ato indiscriminado de algo faz com que ele perca sua ação, e daí dando o viciado por exemplo, vê se que há a procura de elementos mais fortes para suprir a sensação de prazer. Ou seja a desvalorização do prazer é fato, e não é discutível. Quando o sexo não for mais a fonte de realizações prazerosas, e passar a ser coisa completamente usual, o ser humano recorrerá a qual artifício? . Analisando mais a fundo poderia dizer que pode até ameaçar o futuro da espécie, pois o sexo pode se tornar simples fator de reprodução. Mas deixo uma dica, talvez para que o sexo continue com seu significado, a forma é modificar, reinventar, se é que vocês leitores me entendem. E ai vai um conselho para 2011, muitas vezes estamos com um desejo de comer um bolo do qual gostamos, e essa vontade já vigora em você há muito tempo, reparem que quando comemos a primeira fatia, é como se estivéssemos provando o manjar dos deuses, mas vejam que já na segunda ou na terceira fatia o prazer que sentimos e menor e assim por diante e isso também acontece no sexo. Por tanto meus caros leitores deixo nas suas mãos a tarefa de apreciar as coisas como devem ser apreciadas. Agora se alguém ai for ninfomaníaca, esqueça tudo isso, não ponha isso em prática, pode provocar seu suicídio.

O que Diz o Coração

Hoje, nessa noite de ano novo
Vejo-te, mais uma vez, linda
Que olhos azuis
Que loiro mais belo
Que saudade que tenho,
Uma saudade que me corrói
Que me toma, que me possui
Uma saudade mútua, recíproca
Uma saudade compartilhada
Uma saudade minha e tua,
Mas ficamos nisso e mais nada,
E me pergunto, por quê?
Quais são seus fantasmas?
Seus medos, quais forem
Vamos juntos, vamos lutar
Por beijos, por abraços
Pelo que vale a pena amar
Venha, não sejamos medíocres
O amor não é coisa pra covardes
Lutemos por essa paixão
Venha, me de um beijo, um abraço
E me diga, o que diz seu coração.