sexta-feira, 2 de julho de 2010

Delírio 42

Sou aquele enganado,
Muitas vezes desconfiado,
Com o coração despedaçado.
Sou aquele preocupado
Também chateado,
Posso até ser despreparado
Mas não sou Viado.
Estou emburrado
Com esse complexo sistema
Que se tem por vida
Não sou mimado, mas bem tratado.
Largado nessa minúscula imensidão
Pergunto a Flavio José Dias Pimpão
Cadê as pessoas que viviam nos guetos?
A se drogar, fumar, beber e dar.
Já não se tem mais pessoas,
Mas criaturas Transformadas, revoltadas,
Como eu, como você , como tudo
É, sou guloso mesmo.
Nessa latrina humana,
Fui abandonado,
Alguém concerte esse sistema,
Ta tudo errado!
Cadê a valorização das people
Senhor, presidente, ministro, J.C, sei lá
Nem posso ver no que vai dar.
Olhos as ruas o observo com veemência
Tudo sem decência
Caras Banais, com total Demência
Junto com bonecas lindas. Será carência?
Observo agora dentro do meu ser,
E depois de uma boa análise, grito.
-Ei maquinista, pare o mundo que eu quero descer!
Pobre companheiro que está a ler essa merda,
Que não acaba.
Acalme-se e vá buscar um copo d”água
Acabou se o propósito da vida
Como posso ter vontade, segurança
De ter um filho, pra ele cair nessa jornada desgraçada
Mas de tudo uma coisa me consola
Não existe julgamento final
O que se faz aqui, se paga aqui.
TEMO o Espírito Santo
A santa Igreja Católica
A comunhão dos santos
A remissão dos pecados,
A ressurreição da carne,
A vida eterna.
Amém.

Um comentário:

  1. "Como eu, como você , como tudo
    É, sou guloso mesmo."

    Adorei, muito criativo!
    Saudades de escrever..

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